Flavia Meotti é uma das vencedoras do Prêmio USP Mães Pesquisadoras - 2022
CEPIDRIDC Redoxoma
Professora associada do Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da USP, membro do CEPID Redoxoma e mãe da pequena Gabriela, a cientista Flavia Meotti recebeu na semana passada o Prêmio USP Mães Pesquisadoras - 2022 na categoria docente. Essa foi a primeira edição do prêmio, que agraciou docentes, pós-doutorandas, pós-graduandas e graduandas das áreas de ciências biológicas e saúde.
“Fiquei muito feliz com a iniciativa da universidade. Inicialmente, o fato da instituição reconhecer que os desafios da carreira são ainda maiores quando estão em paralelo com a maternidade nos faz sentir parte do todo e nos mostra que de fato existe um olhar cuidadoso neste sentido. A maternidade é uma escolha, como outras escolhas que fazemos ao longo da vida e da carreira, mas maternidade e carreira não precisam ser mutuamente excludentes e saber que seus pares e que a instituição em que se trabalha também enxergam desta forma é bastante gratificante. Eu entendo essa iniciativa como um modelo que poderia ser seguido em outras instituições. Apesar de atualmente haver uma maior divisão de tarefas entre mães e pais para os cuidados com a família, as mães de uma forma geral priorizam com muito mais rigor o cuidado com os filhos, o que, em muitos casos, acaba prejudicando a carreira. Enfim, o prêmio representa uma oportunidade de mostrar que é possível optar pela maternidade, que é um sonho para muitas mulheres, sem abdicar da carreira científica”, afirmou a pesquisadora.
O Prêmio USP Mães Pesquisadoras – 2022 foi lançado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da USP com o objetivo de reconhecer a excelência de produções científicas, culturais ou artísticas de mães pesquisadoras adotivas ou biológicas de criança(s) de até 12 anos de idade ou de filho(a) com deficiência sem limite de idade. A iniciativa é um reconhecimento do trabalho nos cuidados com a infância, que requer muitas horas de dedicação e esforço e impacta as oportunidades acadêmicas e a progressão na carreira e que, na maioria das vezes, é realizado pelas mães. O prêmio também considerou inscrições de pesquisadores homens ou LGBTQIA+ que comprovaram ser cuidadores exclusivos dos filhos.
